Filme da Semana: Roma
Em Roma nem tudo que parece de fato é. Os personagens principalmente Cléo, sê vê à mercê de um cenário, que talvez, lá em seu íntimo ela não queira ou não tenha condições de sair.
O longa da Netflix, dirigido por Alfonso Cuarón, é todo em preto e branco e concorre a 10 indicações do Oscar em 2019. O filme já ganhou nas categorias filme estrangeiro, melhor diretor no Globo de Ouro e levou os prêmios de melhor filme e também diretor no Critics Choice Awards. Outro ponto interessante e gostaria de abordar é como Cuarón filma diversas cenas. O take de cena permanece não há corte.
Roma é um forte concorrente e pode levar algumas estatuetas na cerimônia do Oscar que será realizada no dia 24 de fevereiro.
Voltemos à análise do longa. Roma, que se passa nos anos de 1970 e 1971, conta com a história de uma família de classe média do México e como essa mesma família lida com diversos acontecimentos, o abandono do pai está entre eles. O filme retrata também a relação da doméstica Cleo com a patroa Sofia e seus quatro filhos.
Os dilemas do abandono, da vivência cotidiana, do conflito entre estudantes e governo nos anos 1970, das coisas que não queremos e que torcemos que não dê efetivamente certo são retratados em Roma.
E, finalizando, não acredito que a personagem Cleo seja tão refém dessa família, na verdade tenho tantas percepções sobre o seu papel naquele cenário que prefiro não me alonga para não gerar spoiler.
Confira a sinopse: Cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.
O longa está disponível no catálogo da Netflix.