Terça do Cinema: Grandes Olhos
Um filme dirigido por Tim Burton, só pode ser coisa boa e é 😉
E para variar estou eu aqui indicando mais um longa que está disponível na Netflix e é baseado em fatos reais. Na história de Margaret Keane, personagem vivida por Amy Adams, e Walter Keane, vivido pelo ator Christoph Waltz (muito bom ator por sinal) vivem uma batalha judicial para provar quem de fato é o pintor (a) por trás das obras “Grandes olhos”
A obra de Margaret é um tanto peculiar, crianças com grandes olhos, e que de certo modo passa aquela sensação de tristeza e de uma alma perdida (pelo menos essas são as minhas percepções sobre as obras da artista).
E Margaret é uma mulher além do seu tempo, que se divorcia, larga tudo e sozinha com a filha tenta um recomeço. E para uma mulher naquela década, 1950, não era nada fácil recomeçar.
Posso dizer que mesmo com toda essa força, vi uma mulher frágil e temendo perder a filha, aceita-se casar com um homem chamado Walter Keane, que conheceu recentemente.
Margaret mesmo com esse dom incrível, naquele momento não tinha a força/personalidade suficiente e se viu em uma teia bastante poderosa de um homem ganancioso, um tanto fantasioso e sem dom algum. Penso até que Walter era um tanto desequilibrado.
E mesmo que a real história tenha se passado há mais de 70 anos, penso que exista diversas mulheres sofrendo da mesma pressão psicológica que viveu Margaret. E os motivos podem ser diversos.
Confira a sinopse: Pintora e defensora das causas feministas, a norte-americana Margaret Keane enfrenta um de seus maiores desafios ao levar ao tribunal o próprio marido. Em um período em que o reconhecimento de um trabalho feminino era difícil, a artista aceita assinar com o sobrenome do marido e tem sua obra usurpada pela ganância dele. Uma batalha judicial parece ser a única saída para recuperar a dignidade dela.
E mais um adendo, um filme de Tim Burton, um tanto diferente, afinal pra quem já viu Alice no País das Maravilhas, Edward Mãos de Tesoura, A Noiva Cadáver, A Fantástica Fábrica de Chocolate, O Orfanato da Sra Peregrini, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça entre tantos outros, penso que a sua marca fica na “leveza do olhar”… nos grandes olhos.