Hey Brothers!
Quando estudei marketing, tinha uma etapa que analisávamos o ciclo de vida de um produto. Quem estudou ou estuda, sabe que um produto possui quatro etapas: nascimento, crescimento, maturidade e declínio.
Obrigada Kotler!
Então, o que eu quero dizer com essa introdução e onde eu quero chegar, ao Big Brother Brasil 20. Pensava eu que o reality show global estava em sua última fase, o declínio. Afinal, a audiência havia caído muito nos últimos anos e com as mesmas fórmulas de sempre não havia mais sentido acompanhar um monte de gente falando nada com nada e contribuindo menos ainda. Haveria uma possibilidade do programa dar uma rasteira na “morte” e não ser tirado do ar?
E não é que o programa conseguiu a proeza em 2020, ao misturar um elenco de famosos e anônimos, os chamados pipoca e camarote.
A pandemia também foi uma variável incontrolável bastante positiva para o programa e para a Rede Globo que viu em seu reality uma potência de anunciantes, performance de audiência, assuntos polêmicos, recorde de votação em paredões. Infelizmente, vivemos essa pandemia e rezo todos os dias para esse inimigo invisível ser dissipado da terra.
E sobre recorde, além do paredão de Manu x Prior X Mari que extrapolou a casa de mais de 1 bilhão e meio de votos, já podemos também dizer do Babu que com 8 paredões já é o participante com mais berlindas nas costas e na história do BBB.
Confesso que tinha deixado de ter aquele tesão em ver o programa, a última edição que acompanhei foi a que sagrou campeã a acreana Gleice e como não recordar da famosa frase da participante, parafraseando a personagem Clara, vivida por Bianca Bin na novela O Outro Lado do Paraíso “Vocês não sabem o prazer que é em estar de volta”.
E, num mal súbito (brincadeira), decidi que veria o programa de novo em 2020, queria ver algo mais “leve” e que me fizesse desligar um pouco do mundo real, mas esse BBB se mostrou tão real.
Fora isso, o BBB protagonizou edições histórias como a do Alemão e da Iris, da Grazi Massafera e por falar nela, quantas meninas esse programa não lançou que estão super em alta como Sabrina Sato, Juliana Alves, Ana Clara, Fernanda Keulla, Vivian Amorim… Cito elas, por ainda permanecerem na mídia. Será que é sorte, também, mas incluo aí persistência, trabalho, estudo.
E, já perceberam que não há nenhum homem famoso nessa lista que teve uma ascensão na mídia? Será que essa proeza será alcançada por algum participante dessa atual edição?
Então, lá fui eu ver mais uma edição do BBB, pronta para assistir, pronta para analisar, pronto para julgar, afinal o reality global é um julgamento, e as pessoas que entram lá sabem disso. Ás vezes, o julgamento pode ser implacável. Cancela, cancela não… fada sensata, fada insensata….
Como a edição mostrou, em um dia você é fada sensata e no outro você é cancelada.
E por incrível que pareça, pela primeira vez, aquela bolha chamada big brother brasil, se mostrou o reflexo da sociedade brasileira.
Uma sociedade machista, racista, homofóbica, onde há abuso sexual e psicológico…
Tem mostrado também que mulheres podem sim se unir e não se julgarem, através da sororidade. A palavra, após ser dita por Manu Gavassi, teve sua busca ampliada em 250% no Google. Prova que a temporada levantou questões essenciais e que devem sim serem debatidas no dia a dia.
Vimos uma participante sair de favorita a cancelada por suas escolhas, que me fez questionar, quantas batalhas as mulheres deverão lutar para conquistar seu devido espaço. Até que ponto seremos julgadas pelos nossos erros e não pelos erros dos outros?
Foi nessa edição que compreendi pela primeira vez que um preto (a) é preto e não negro, que a palavra negro é uma palavra ruim. Bom, Big Brother também é uma especie de escola da vida e que podemos aprender alguma coisa com algum participante todos os dias. Na verdade, não podemos desdenhar de ninguém, seja do mais simples ao mais estudado, essas pessoas tem sempre alguma lição para nos ensinar. Não desdenhe, apenas escute e aprenda.
Tem sido um BBB bastante surpreendente, não sabemos quem vencerá, mas que vem abordando diversas questões que nos fez refletir. E, penso também, que tem feito a população rever as suas próprias escolhas.
Cada paredão parecia uma final de copa do mundo, tipo do Petrix, teve bar, balada, reunião de amigos que parou tudo para ver o programa e quem seria eliminado e confesso que não vejo a hora dos brasileiros eliminarem políticos ruins da mesma forma que eliminou participantes ruins. Talvez o BBB tem mostrado que o perfil de voto do brasileiro vem mudando…. Veremos.
E o sucesso tem sido tamanho que haviam vários pedidos para o programa ser alongado, algo que aconteceu, afinal, ganhou mais quatro dias e em tempos de pandemia (infelizmente). Quem tem acompanhado e quem gosta do reality, agradece.
O programa tem sido tão vantajoso para todo mundo que até as influencers como Gabriela Pugliese, amiga e torcida declarada da Mari, tinha reuniões em sua casa com amigos e outros influencers como o Jonas, marido da participante Mari, patrocinado por algumas marcas. Isso tudo antes da pandemia do coronavírus.
A atriz Bruna Marquezine que se viu realizando multirões para a amiga Manu Gavassi, comentando o programa no Instagram e no Twitter, sendo criticada por isso também e sendo paga pela PicPay para virar garota propaganda deles no Twitter. Tem muita gente ganhando com esse Big Brother Brasil.
Quem você acha que ganha o BBB, me conta aí?
Hey Brothers!